quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O surgimento dos municipios do ABC





A história da emancipação de São Caetano do Sul foi evidenciada por uma luta de jovens trabalhadores que acreditavam em um ideal coletivo.

A conquista por objetivos em comum só acontece quando deixamos de lado nossas vaidades e interesses individuais. Essa realidade é mostrada no video Autonomia Municipal que pudemos presenciar no Anfiteatro Santos Dumont em São Caetano do Sul.

Nesse dia, autonomistas da época pudemos conhecer. É um fato histório e emocionante pois com a globalização fatos locais importantes acabam perdendo o seu significado e a memória histórica corre o risco de sumir para sempre.

Para o nosso aprendizado a realidade local cruzada com seus fatos históricos muitas vezes nos retrata o perfil de uma comunidade. Cabe ao agente descobrir e pesquisar os caminhos que levaram a constituir a realidade atualmente. Nesse momento erros do passado serão analisados e embasados em uma pesquisa primária (relatos, entrevistas, questionários e observação) somada a uma referência bibliográfica no âmbito do movimentos socioambientais no Brasil. Dessa forma, embasados, prosseguiremos com açõe efetivas de mudança. Mudanças nos valores, costumes e vivências para a construção de uma comunidade mais participativa e solidária.


Quando passamos a conhecer as histórias dos municípios nos preparamos para entender os acontecimentos que hoje nos apresenta como a realidade. Histórias de vida, de luta e envolvimento comunitário nos trás um grande aprendizado de como é importante participarmos de movimentos socioambientais que lutam pelas causas coletivas,pelo bem comum e principalmente por um modo de vida ecológico.

Com o entendimento dos erros do passado podemos construir um presente bem diferente e positivo para um futuro auspicioso.

Com essa vivência fica claro o desempenho que podemos desenvolver em causas comuns. O trabalho coletivo desenvolve o ato de respeitar as diferenças, o ato de saber ouvir e contribuir com as experiências adquiridas durante a vida de cada cursista.

O importante dessa atividade é conhecer o seu espaço. Saber lidar com as dificuldades e interesses de cada grupo heterogêneo que agrega uma comunidade. Dessa forma poderemos trabalhar com segurança e perseverança nas dificuldades que poderão acontecer.Conhecer e entender como estabelecem as relações de poderes é uma maneira promissora de nos organizar e forçar uma ação efetiva dos políticos pois conhecemos o seu funcionamento e qual caminho trilhar para fazer jus de nossos direitos como cidadãos e cidadãs.




Os direitos e deveres de cada um de nós precisam ser esclarecidos e colocados em prática. Comunidade esclarecida reflete em comunidade organizada. Na democracia somos livres para expressar e agir como queremos porem dentro de uma liberdade que não acabe com a liberdade do outro. Meu direito termina quando elimino o direito do outro. É preciso limites, normas para viver em comunidade. E essas normas decididas e discutidas por grupos heterogêneos que apresentará uma realidade atual que está passível de mudanças de acordo com as necessidades e realidades da época. Mas temos éticas e moralidade básicas que não modificam, como o respeito ao próximo, a tolerância, a solidariedade e a justiça.



Ser cidadão e cidadã é compartilhar e exigir direitos e cumprir deveres que contribua com toda comunidade para um processo inclusivo evitando a exclusão e marginalidade.

Para estabelecer esse tipo de relação o ideal é que possamos viver em redes. Não há poder e sim compartilhamento de informações e interesses. Essas redes, grupos que se encontram presencialmente e virtualmente tem como objetivo faciltar vidas pela coletividade. Nesses encontros e trocas há lideranças ao contrário de chefes que manda. As lideranças facilitam o andamento das informações e estão atentos aos novos núcleos que se somam a teia para que ela permaneça interligada e precisa.



A relação de poder destrói as redes pois está enraizado em nossa formação. O mundo capitalista que a todo momento nos coloca em situações de competição e individualidade constrói uma sociedade desumana que a solidariedade está em segundo plano. O fazer o bem a um grupo acontece apenas quando sabemos que a nossa atitude de alguma forma poderá nos beneficiar. É a sociedade do ter e não do Ser.



Ter os valores de união, solidariedade, respeito, tolerância e principalmente o anseio ao pertencimento pela sua comunidade nos transforma para o empoderamento. A ação é inevitável. Conseguir propostas coletivas é o principal objetivo pois aprendemos o que nos beneficia no grupo nos beneficia individualmente e não há perdedores muito menos exclusão de pessoas. E a mudança que queremos depende de nossa ação.



São aspectos transformadores para a melhoria de uma comunidade. Temos que criar estratégias lúdicas e vivências que excitem as pessoas a perceberem que ter o essencial já é a felicidade intríseca. Hoje é claro que o modo de produção que adotamos (acumular bens) não trás a felicidade. São modos de produção degradantes ao nosso meio ambiente que reflete no aumento dos números de miseráveis no planeta que garantem o conforto de uma pequena parcela da sociedade.



O agente precisa ter essa percepção e a todo momento refletir sobre seus atos no cotidiano com o argumento que será apresentado na sua comunidade. Você tem que ser o que acredita e faz.




Reflexões realizadas em sala de aula pelos alunos durante o curso - Agentes de Desenvolvimento Local - SCSul / 2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário